Terceira Casa?

No mapa astral, a Terceira Casa é o setor das comunicações e expressões,
textos, falas e pensamentos. Sobre o quê? Sobre si mesmo, sobre o mundo ao
redor, sobre tudo. É isso aqui.







sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Outros carnavais


Nivaldo Pereira
Crônica publicada no Pioneiro, 25/02/2011

Pela primeira vez, teço um contraponto à opinião de um colega. Na sexta-feira passada, meu amigo Gilberto Blume, que gosta de debates e provocações, referiu-se ao Carnaval como “manifestação cultural que só funciona bem no Rio de Janeiro e que é extremamente mal copiada em todo o Brasil”. Giba, discordo dessa visão.

Celebrações coletivas de fantasias e permissões vêm de longe. Na Grécia, os cultos a Dionísio incluíam delirantes procissões, com o povo ébrio de vinho. Na velha Roma, aconteciam as Saturnálias, quando a ordem social era invertida e escravos e senhores bebiam do mesmo copo, na orgia das ruas. São antigos ritos pagãos que se perpetuaram no Carnaval e que o Cristianismo medieval datou nos dias que antecedem a Quaresma. Isso parece dizer que a loucura consentida do Carnaval é fundamental para a manutenção da ordem pública.

Na esteira da história, cada povo foi fazendo o Carnaval ao seu próprio modo. No Brasil do Século XX, o samba carioca produziu uma original matriz carnavalesca. Ao mesmo tempo, a festa foi assimilando as cores de cada região, gerando, por exemplo, a autêntica folia pernambucana, com frevo e maracatu, e a folia baiana, na base do trio elétrico e dos afoxés. E há o tambor de crioula do Maranhão, as guitarradas do Pará... São muitos carnavais, nada a ver com o do Rio.

Sim, a matriz carioca, pela natural evidência, foi a mais imitada, inclusive em Caxias do Sul. Para além de datas equivocadas e fraudes, a rejeição à folia caxiense tem mais a ver com dificuldades culturais de se aceitar a manifestação da periferia do que de uma falta de vocação para o Carnaval. Senão, como explicar a grandeza do Carnaval de Uruguaiana, reduto gaudério no coração do Pampa? É que lá o Carnaval é da cidade inteira e não somente de pobres, negros e favelados. Lá, a alegria venceu o preconceito.

Acho que Caxias pode achar o tom de seu Carnaval de rua quando se aceitar como de fato é: plural e multiétnica. Deve render samba-enredo esse dia em que os moradores do Centro aplaudirem os passistas dos bairros e periferias.

Esta será uma cidade mais unida. E feliz.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Tempo das cavernas


Nivaldo Pereira
Crônica publicada no Pioneiro, 18/02/2011

Alô, Carlos? Tudo bem? Cara, estou ligando pra dizer que não vou poder ir na tua festa de aniversário. Vou pegar no batente bem cedo amanhã, nem vale a pena ir e sair na mesma hora. Além do mais, estou muito cansado, muito trabalho. Dia desses a gente comemora, tá? Tudo de bom, cara. A gente se fala. Abração.

Prezado cliente. Conforme solicitação em e-mail anterior, estamos enviando em anexo orçamentos para sua segurança doméstica. Salientamos que nosso sistema de cercas elétricas é o mais moderno do mundo e que nossas portas blindadas jamais foram violadas. Se preferir, visite nossa sede para conhecer nossa linha de produtos de proteção individual. Aguardamos seu contato.

Ah, não, a Luísa que me perdoe, mas não vou ao casamento dela. Lá não tem estacionamento fechado e não vou deixar meu carro na rua. Eu é que sei o quanto custou esse possante, pra deixar ele à toa, nas mãos dessa ladroagem. Pra ficar preocupado no casamento, melhor nem ir. Depois eu mando o presente, passo uma mensagem para os noivos.

Olá, pessoal. Seguinte: sugiro a gente criar um grupo de discussão virtual. Cada um vai pondo suas idéias e comentando as dos outros. Isso vai nos poupar tempo e dinheiro, sem necessidade de tanto deslocamento para reuniões externas. Também podemos nos falar no Skype, se fecharmos uma hora em que todo mundo possa. Eu só não posso de noite.

Amiga, desculpe o furo, mas vou faltar ao jantar da turma. Voltar tarde e sozinha é perigoso, tem assaltos nas sinaleiras e pode acontecer algum problema com o carro, nunca se sabe. Não me chame de neurótica. Estou sendo realista. Depois me conte como foi. Estarei no MSN amanhã. Beijo.

Não me culpe. Você viu a loucura do trânsito? Levei uma hora pra chegar em casa! Nem por ordem divina eu ponho o pé fora hoje de novo. Estou uma pilha de nervos, maior estresse. Vou ver um filminho e dormir. Outra noite a gente conversa, talvez semana que vem. Tchau.

Está com o celular? Aqui é seguro?

Passe a tranca, ligue o alarme. A vida anda muito perigosa.

Esteja em paz. Esteja só. Arraste a rocha, tampe a gruta.

Que uivo foi esse, meu Deus?

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Um aquariano



Aquário rege o novo, as comunicações globais e o futuro, e o aquariano Tom Jobim foi uma expressão perfeita deste signo. Nascido a 25 de janeiro de 1927, Tom fez de sua música tão sofisticada quanto comunicativa um canal de sintonia com o mundo. Esteve à frente da Bossa Nova, trouxe a ecologia como tema de muitas canções e dialogou com amigos que vão de Chico Buarque a Frank Sinatra. Suas composições são universais. Por causa de seu célebre Samba do Avião, hoje Tom Jobim também nomeia o aeroporto internacional do Rio de Janeiro. Em tempo: aviação também é regida por Aquário. Ouçamos o Passarim, do nosso maestro soberano, Antônio Carlos Brasileiro Jobim.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Matas dos encantos


Nivaldo Pereira
Crônica publicada no Pioneiro, 11/02/2011

Antes de o Censo mostrar que 80% dos brasileiros vivem em cidades, as florestas, ainda fartas, eram a morada dos mistérios. De origem rural, lembro-me de olhar, com olhos meninos, da porta de casa, um verde sem fim a se perder nas montanhas do outro lado do Rio Paraguaçu. As matas. Eu chamava assim, “as matas”, aquele mundo tão perigoso quanto fascinante. Lá era o cenário das histórias que eu ouvia dos adultos, crente na veracidade de cada detalhe, já que os adultos sabiam das coisas.

Meu pai contava casos fantásticos da Mata do Brioso, distante e fechada, cujo nome já me metia medo. No Brioso, lugar de sombras, fantasmas castigavam quem se atrevesse a atravessá-lo à meia-noite em ponto. Eu ia dormir assombrado com o mote dessas almas penadas, que repetiam: “ou bem cedo ou bem tarde”.

Também me compadecia com a tristeza trágica da mãe-da-lua, ave lendária das matas. E vinha a história de uma linda moça encantada, noiva de um tal Furtuoso. Certa feita, o homem foi numa venda e envolveu-se numa briga de faca. Caiu morto Furtuoso, nunca voltou para sua amada. Ela, desde então, virada em pássaro noturno, pousa nos troncos secos e, de pescoço para o céu, solta seu lamento eterno: “Furtuoso foi, foi, foi, foi...” Virou a mãe-da-lua.

Mas medo mesmo eu tinha de outra ave das matas, a agourenta rasga-mortalha. Diziam-me que esta soltava um canto que imitava perfeitamente um tecido sendo rasgado. Quem ouvisse esse grasnar, estaria condenado a ter uma morte na família muito em breve. E eu rezava para que Deus me livrasse de ouvir a rasga-mortalha.

Entre o desejo da aventura e o pânico, imaginava um encontro com a temível Caipora, bruxa com somente um lado do corpo e que andava montada numa porca, fumando cachimbo. Ai de quem entrasse na mata sem levar fumo para a Caipora...

Pois bem, já não há matas no lugar onde nasci. Já quase não há matas no Brasil. Sem teto nem esconderijo, as criaturas do medo hoje rondam ruas e avenidas. Invadem casas, roubam carros. Passaram a habitar os grotões da mente dos homens. E morro de saudades de temer o lobisomem, nas matas, lá longe.

Contos astrais: Aquário


Nivaldo Pereira
Publicado no jornal Pioneiro, 2005

Caros internautas: a comunidade Eu Fui Amigo do Ganimedes pretende homenagear essa grande figura humana que marcou profundamente nossas vidas. Neste ano se completa uma década do acidente de ultraleve que levou embora nosso amigo, com apenas 42 anos. Sintam-se à vontade para deixar aqui seus depoimentos, com toda sinceridade e sem frescura, do jeito que ele gostava. Onde ele estiver, com certeza estará sorrindo pra gente, voando com duas asas enormes...

Fred: Dez anos, já? O tempo voa. Eu o conheci no primário, e ele entrou na turma no meio do ano, depois de ter sido expulso do colégio dos padres. Era tempo da ditadura militar, e não foram poucas vezes em que o Gani era chamado na diretoria ou levava suspensão. Tudo porque não aceitava ordens sem discutir. Voltamos a nos encontrar anos depois, nos corredores da faculdade de sociologia. Lógico que ele não terminou o curso, porque sempre esteve mais interessado em organizar passeatas contra isso e aquilo. Acho que ele teria um belo futuro na política. Saudades de você, cara. Foi um privilégio ter sido seu amigo.

Hanna: Fico pensando agora se ele tivesse concordado em ter um filho comigo. Vivemos juntos por quase três anos. Mas o Ganimedes tinha horror à idéia de ser pai. Dizia que não queria ser obrigado a cuidar de ninguém por causa de convenções derivadas da parte animal da natureza humana. Daí passava a defender uns bizarros sistemas de controle de natalidade e a ação do governo no sentido de impor contraceptivos à população miserável. No fundo eu achava que ele tinha coisas mal resolvidas com a família, principalmente o pai, de quem nunca falava. Era difícil fazer com que ele se abrisse emocionalmente. Às vezes assumia uma frieza glacial e foi por isso que nosso “casamento” acabou. Muita gente achou que foi por causa do lance com o outro cara, mas não foi. Ele tinha um lado selvagem, de tão livre, e eu sabia que nunca seria meu. Felizmente a gente descobriu que funcionava melhor sendo amigos. E assim fomos até aquele dia trágico. Mas agora sou eu que não quero tocar nessas emoções. Ele sabe que meu amor permanece igual.

Laila: Ele tinha a mania de a cada vez que me via inventar um nome novo pra mim. Já fui Astrud, Sonja, Gertrudes, Zora, Gudrum, Hermenegilda, Saionara e até Maria-do-Perpétuo-Socorro, dito assim, sem pausa. Argumentava que o nome era a máscara da pessoa e que me queria sempre dona de muitas caras, muitas amigas numa mesma mulher. Uma vez ele me ligou às três da manhã, falou somente “escuta isso” e encostou o telefone na caixa de som. Rolava uma música do Salif Keita. Fiquei esperando a canção terminar, preocupada, achando que ele estivesse maluco, drogado, sei lá. Aí ele disse algo como “Talita, a África ainda vai salvar a humanidade”, e desligou. Esse era o Ganimedes. Ontem mesmo ri sozinha, lembrando do concurso de palavrões que ele organizou uma vez numa formatura. Alguém aí estava lá? Quem lembra do palavrão vencedor? Talvez a gente deva fazer uma festa no aniversário de partida dele, pra repartir histórias. Vou aparecer com o nome de Zúbia.

Roberto: O cara foi embora cedo pra não ver a caretice que tomou conta do mundo. Ele não ia suportar ver os antigos colegas de militância metidos em falcatruas. Meu brother, essa gentalha não te merecia. Você era de outro planeta!

Elisa Luz: Hanna, querida, que bom te encontrar por aqui. Vou te adicionar aos meus contatos. O Gani continua unindo a gente, como sempre fez, não é mesmo? E olha só que coincidência! Você falou do lance com o outro cara, e adivinha quem encontrei ontem? Ele mesmo. Estava num shopping, com mulher e filhos. E pensar que por ele o Gani quase foi linchado naquele bar, depois de se darem um beijo na boca. Eu jurava que nada mais me surpreenderia no Gani, mas confesso que fiquei chocada quando ele desafiou os machões do bar com aquele discurso de que o amor não tem sexo nem cor nem credo, enquanto o outro saía correndo, sem assumir o próprio afeto. Confesso também, amiga, que fiquei mais impressionada com sua atitude de permanecer vivendo com um homem que de repente admitia estar caído de paixão por outro cara. Sabemos que o Gani estava mesmo acima de rótulos. O lance dele era amar, e amar urgentemente, como se soubesse, naquela típica ansiedade, que viveria pouco. Hannusca, tenho o maior orgulho de ter convivido com vocês e espero que a gente retome nossa amizade.

Bocão: Ganimedes, seu bruxo! Não é que o império norte-americano está ruindo exatamente pelos motivos que você apontava há mais de 20 anos, e a gente te chamava de maluco? É regra: ninguém é profeta em seu tempo e em sua terra...

Gigi: Na época de estudante ele não tinha endereço certo, vivia pousando na casa dos amigos. Certa vez minha avó perguntou de que família ele era. E a resposta certeira: “Sou da família Mundo”. De outra vez, os guris foram questionar ele por que, entre tantas gatas na faculdade, ele namorava uma feia, preta e gorda. O Gani falou: “Engraçado, eu ainda não tinha reparado que ela é feita, preta e gorda...” Gente, o Gani era o cara!

Audrey Turner: Friends and friends! Não posso me omitir em falar do Espelho. A gente se tratava assim porque fazia aniversário no mesmo dia e tinha mapas astrais muito parecidos. Foi ele quem me apresentou ao yoga, ao budismo e a Jung, que hoje fazem toda a diferença em minha vida. A gente se conheceu quando estudantes, em Roraima, no antigo Projeto Rondon, no meio de índios e caboclos. O Gani improvisou um teatro de bonecos com gravetos para explicar ao povo a necessidade de proteger as águas e o ambiente. Eu gamei nele no ato. Recentemente, um amigo me trouxe da Europa um disco do Screamin’ Jay Hawkins, que o Gani amava, e eu chorei de saudades ouvindo. Espelho meu, já não existe nesse mundo alguém tão estranho quanto eu, mas você está vivinho em meu coração. Te amo pra sempre. Namastê!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Voz do sol, voz da lua


Nivaldo Pereira
Crônica publicada no Pioneiro, 04/02/2011

Imagine Nana Caymmi em cima de um trio elétrico, gritando para o povo sair do chão. Agora imagine Ivete Sangalo, à meia luz, sussurrando no microfone um bolero de cortar pulsos. Ou uma pista de dança sacudindo com um remix de Meu Mundo Caiu, de Maysa. Não, leitor, isso não é um exercício de surrealismo. É absurdo mesmo. Seria como chamar a noite de dia, e vice-versa.

Se temos sol e lua, temos fluxo e refluxo, alegria e melancolia, arte efusiva e arte contemplativa. Cada voz com seu microfone, cada estado de alma com sua melodia. Não que um artista solar não possa cantar uma balada triste, nem que uma voz lunar não invista num sambinha para cima. O lance é que gostamos de catalogar as coisas, inclusive nossas emoções. Por isso, faz bem ir direto no Benjor, se o caso é de festa, ou na Maysa, se a fossa for um apelo inevitável. Coisas do humano. Som do sol, som da lua, alma completa em frente e verso.

Claro que ninguém é somente triste ou somente alegre. A vida é ziguezague entre escuridão e claridade. E saber viver todas as modulações é pura arte. Assim, convém curtir cada momento com a devida ambiência, cada sentimento com seu som. Vamos agora compilar uns discos imaginários de música brasileira, dedicados a repertórios solares e lunares. Ah, aqui só valem clássicos da MPB.

Som do sol, para a primavera e o verão: Chico Buarque cantando Vai Passar, Jorge Benjor com A Banda do Zé Pretinho, Tim Maia mandando ver com Sossego, Gonzaguinha em O que É, o que É?, Cazuza em Pro Dia Nascer Feliz, Gal Costa com Balancê, Elba Ramalho com Banho de Cheiro, Caetano cantando Odara, Gil cantando Palco e Vinicius e Toquinho com A Tonga da Mironga do Kabuletê.

Som da lua, para o outono e inverno: Elis cantando Atrás da Porta, Bethânia com Olhos nos Olhos, Nana com Último Desejo, Paulinho da Viola cantando Nervos de Aço, Clara Nunes em Sem Companhia, Marisa Monte com A Dança da Solidão, Milton Nascimento entoando Travessia, Cida Moreira em Tatuagem, Zé Ramalho em Chão de Giz e Roberto Carlos cantando Eu te Amo, te Amo, te Amo.

E mudam as estações, os humores e as canções.

Amor aquariano


Nivaldo Pereira
Crônica publicada no Pioneiro, 28/01/2011

Enquanto o Sol transita por Aquário, o aguadeiro símbolo deste signo me faz pensar no amor – ou melhor, na versatilidade e transgressão do amor. Aquário é signo do ar, e o cântaro do seu aguadeiro não verte água, mas idéias, pensamentos, sementes de atitudes transformadoras ou revolucionárias. O mito grego deste aguadeiro carrega uma curiosa história de atração amorosa incomum. Vamos a ele?

Consta que Zeus, deus supremo do Olimpo, um tanto entediado com as sucessivas conquistas ilegítimas de ninfas, deusas e humanas, certa feita sentiu-se atraído pelo belo corpo de um jovem pastor troiano chamado Ganimedes. Outro homem? Ora, e por que não? Deuses podem tudo. Para despistar o olho vivo de Hera, sua ciumenta esposa, Zeus tomou a forma de uma águia. Num rasante, a grande ave fisgou Ganimedes do chão e em pleno vôo saciou seu desejo. Uma transa tão cósmica quanto criativa!

Tanto Zeus gostou da experiência, que elegeu Ganimedes como seu garçom oficial, encarregado de servir aos deuses do Olimpo o néctar sagrado. E Ganimedes foi imortalizado numa constelação, com o cântaro de ouro em punho, derramando sobre os mortais o saber superior e as luzes do futuro. Tornou-se o divino aguadeiro.

A transa cósmica de Zeus e Ganimedes simboliza a criatividade e a subversão do amor aquariano. Um amor de mentes livres, mais focado numa cumplicidade de idéias e espíritos do que nos ditames do instinto procriador. Sexualidades nuançadas, casamentos pautados em afinidades de conceitos e interesses e não apenas nos preceitos religiosos, famílias inusitadas, relações virtuais e abertas: isso tudo já não tem tanta cara de futuro. O eixo da Terra já começa a apontar em direção ao signo de Aquário, numa nova era de mais de dois milênios. Diante de um superior conceito humano de amor e respeito, não devem importar tanto separações de raças, ideologias, nacionalidades, sexos ou classes sociais. O amor de Aquário quer ser águia e voar livre.

Como diz o aquariano Djavan, “por ser exato, o amor não cabe em si”. Em Aquário, o amor, pétala de estrela caindo, por ser amor, só quer invadir, e fim.